quarta-feira, 22 de maio de 2013

O que vai ser o futuro desta zona comercial (baixa e baixinha de Coimbra)?


Depois de ler um texto no Blogue Questões Nacionais do Luis Quintans, um homem que conhece muito bem a baixa de Coimbra, o seu comercio e principalmente o estado de alma dos comerciantes e empregados do comercio, resolvi reflectir e escrever o que penso acerca deste assunto e espero que o meu humilde contributo ajude em alguma coisa.
Todos os dias circulo na baixa e baixinha de Coimbra onde faço algumas compras no Comércio Tradicional, amargura-me ver muitos destes estabelecimentos a desaparecer.
Converso diariamente com alguns comerciantes e quase todos estão desassossegados sobre o presente e o futuro dos seus negócios, alguns com décadas na baixa de Coimbra e culpam a actual conjuntura às malfeitoras politicas do Estado, às Grandes Superfícies, à Autarquia e à mudança de hábitos das novas gerações.
Quando lhes pergunto de que forma participam de forma activa para mudarem o rumo dos acontecimentos, quase todos me dizem que não têm tempo.
Eu defendo que é urgente fazer-se qualquer coisa que garanta o futuro destes negócios.
Mas ninguém consegue ajudar a suavizar a grave crise do comercio tradicional da baixa de Coimbra, se os comerciantes não forem mais pró-activos, se não modificarem a suas mentalidades e vontades para se concentrar efectivamente no que é importante e estratégico para o seu negócio e futuro.
No meu entender, e espero que não levem a mal esta minha reflexão critica mas construtiva, o que eu observo é uma gritante falta de visão dos negócio a médio e longo prazo e deixo aqui vários aspectos que podem ser melhorados.
Muitos comerciantes não sabem comunicar de forma polida com o cliente e os seus empregados estão muitas vezes com uma cara de quem não querem ser incomodados.
Quando Passo nas ruas da baixa e olho para o interior de muitas das lojas, deparo muitas vezes com o interior das lojas desarrumados, espaços pouco atractivos e que não convidam o cliente a entrar e a comprar. Existem lojas que o seu interior e montras se mantêm iguais há décadas.
O comércio tradicional deve apostar na especialização dos produtos comercializados e na pós-venda. Sempre que seja possível devem aproveitar as novas tecnologias para comunicarem com os seus clientes através de correio electrónico, enviando-lhes semanalmente as promoções e campanhas.
Devem apostar em parcerias efectuando acordos com outros comerciantes da zona, promovendo iniciativas conjuntas para que os clientes se desloquem às suas lojas.

Jorge Neves
São Bartolomeu

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