sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Quem será o verdadeiro culpado da morte pelos 600 euros?

Não vou nem posso me alongar muito sobre este assunto por questões profissionais.
Quero iniciar este meu artigo afirmando categoricamente que o Carlos Cidade simplesmente cumpriu o seu dever de Vereador e a Comunicação Social desempenhou o seu papel que é de trazer a publico estas noticias, mas não se deve esquecer que estas questões devem ser tratadas com muito cuidado.
Se ambos os casos de desvio de dinheiro estão interligados ou não o tempo o dirá ou não!
Em relação ao caso dos 600 euros, aposto que existe por este Portugal fora muitos casos de 600 euros ou de menor montante, a crise que tanto apregoam e que é real leva a estes actos de desespero, ninguém poderá dizer que desta água não beberei.
Se por ventura desviou os 600 euros foi por necessidade financeira, é neste pressuposto que quero acreditar. Se meteu termo á vida por vergonha do que fez, já que segundo a comunicação social ele assumiu que o tinha feito, demonstra que tinha sentido de responsabilidade e só cometeu tal acto por puro desespero.
É com tristeza que escrevo que situações destas infelizmente vão acontecer de forma quase diária, uma grande percentagem das famílias portuguesas já não conseguem pagar as suas despesas mensais. Pergunto eu, será que só as famílias são as culpadas por fazerem uma vida que não está ao seu alcance?
Será que os Bancos não são responsáveis também pela forma que incentivavam ao crédito?
Será que os Governos não são responsáveis também pelas políticas e gastos astronómicos no afundamento de Portugal?
Será que o corte nos vencimentos e a extinção do abono de família a muitos portugueses não contribui para situações destas?
Ninguém é responsável por tudo isto?
Só o desgraçado do pequeno trabalhador é que tem de pagar a factura nem que seja com a sua própria vida em acto de desespero?
Quero deixar aqui os meus mais sinceros sentimentos a toda a família, embora eu não conheça a pessoas em causa sou amigo de alguns familiares.

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