sábado, 12 de março de 2011

A minha t-shirt para a Concentração - Geração À Rasca

"Escrito por Ana Margalho
coimbra
“Geração à Rasca”
junta mais de um milhar na Praça da República
Se se confirmarem as pessoas que disseram “sim” à organização do Protesto Geração à Rasca em Coimbra, através do Facebook, serão, pelo menos, 1.100 as pessoas que se concentrarão hoje, às 15h00, na Praça da República para tornarem pública a sua insatisfação em relação à «deterioração das condições de trabalho e da educação em Portugal». Por o sentirem na pele ou por estarem solidários com os que, conhecidos ou não, o vêm sentido nos últimos tempos.
O protesto que nasceu espontâneo, no Facebook, da necessidade de um grupo de jovens (coincidentemente de Coimbra) de fazerem algo para alertarem o país para a realidade laboral e de ensino da maioria dos jovens portugueses, começou por estar marcado apenas para Lisboa, onde está prevista a presença de mais de 60 mil pessoas, mas acabou por alargar-se a outros pontos do país, nomeadamente a Coimbra, tendo sido iniciado por Filipe Jorge Marques e “Psycho Mary”, responsáveis, pelo menos, pela criação do evento no Facebook.
Não é muito o que se sabe sobre o que acontecerá em Coimbra. A própria PSP apenas sabe que haverá uma grande concentração de pessoas, a partir das 15h00, na Praça da República. De tal modo que, como confirmou ao Diário de Coimbra, e apesar de os organizadores fazerem questão de sublinhar o carácter «apartidário, laico e pacífico» deste protesto, haverá um reforço do dispositivo de segurança naquele local e as autoridades terão «todas as atenções concentradas» na manifestação, como afiançou fonte policial.
O facto de ser um protesto marcado através da Internet – há uma página do Facebook específica para a manifestação em Coimbra – e de não se saber «quem, nem quantas pessoas participarão» é razão mais do que suficiente para a PSP para que esteja «atenta e prevenida para qualquer eventualidade».
Apenas concentração
As notícias de ontem davam conta da atenção das autoridades às redes sociais e aos grupos de extrema-esquerda e direita, falando-se mesmo de um dispositivo idêntico ao utilizado, em Lisboa para a Cimeira da Nato. Em Coimbra, não há informação sobre o número de agentes que estarão na Praça da República hoje à tarde, nem mesmo os que estarão de prevenção. «Ainda não há conhecimento sobre isso», confirmou a mesma fonte.
Ao que conseguimos apurar, em Coimbra, o protesto concentrar-se-á na zona da Praça da República, não estando previsto qualquer desfile por qualquer artéria da cidade. Pelo menos, foi esta a informação dada pelos organizadores no Governo Civil, no pedido entregue na passada quarta-feira, «perfeitamente legal», e portanto, já autorizado, como confirmou fonte daquela entidade.
«Nós, desempregados, “quinhentoseuristas” e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, mães, pais e filhos de Portugal, protestamos: Pelo direito ao emprego! Pelo direito à educação! Pela melhoria das condições de trabalho e o fim da precariedade! Pelo reconhecimento das qualificações, competência e experiência, espelhado em salários e contratos dignos», pode ler-se na página do Facebook que anuncia o protesto em Coimbra.
«Porque não queremos ser todos obrigados a emigrar, arrastando o país para uma maior crise económica e social», argumentam os organizadores, convidando todos os participantes a trazerem «uma folha A4 com o motivo para estarem presentes e uma proposta de solução para o problema». As folhas serão recolhidas e entregues na Assembleia da República, informam ainda os organizadores com os quais, apesar das várias tentativas, o Diário de Coimbra não conseguiu contactar em tempo útil.
Cinco autocarros levam 250 estudantes a Lisboa
Apesar do protesto marcado para Coimbra, da cidade partem hoje, pelas 11h30, do Largo D. Dinis, cinco autocarros, disponibilizados pela Associação Académica de Coimbra (AAC) com cerca de duas centenas e meia de estudantes que decidiram participar no protesto em Lisboa.
A AAC participa neste protesto após decisão na Assembleia Magna de 23 de Fevereiro, anterior à marcação de iniciativa idêntica em Coimbra e, apesar de os estudantes terem ponderado a hipótese de desistir da viagem até à capital acabaram por decidir cumprir o que foi deliberado na Assembleia Magna, como explicou ao Diário de Coimbra Samuel Vieira, coordenador-geral da Política Educativa da AAC.
«Pensamos que é mais importante aparecermos em grande número em Lisboa. Organizar protestos em vários sítios causa dispersão e poderá diminuir a sua força», considera o dirigente, confirmando, no entanto, que a intensidade de inscrições diminuiu após o anuncio da manifestação também em Coimbra."



4 comentários:

Anónimo disse...

desculpe fez toda a manifestação, até à portagem

Jorge Neves disse...

Não costumo publicar nem responder comentários de anónimos por opção minha, mas vou abrir uma excepção. Sai da Praça da Republica pelas 16H40 para ir vr a minha mãe que está internada nos HUC.
Posso saber o porque da pergunta? Pois não estava nada programado para além da concentração da Praça.

Anónimo disse...

Nada demais, apenas porque conheci pessoas que publicitaram a manifestação e que manisfestaram o desejo de estar presentes depois não apareceram, apenas isso.
Já agora uma critica, relativamente ao anonimato, não estamos em democracia, infelizmente, certo? O 25 de Abril foi que eu vivi não era para ter o Portugal que temos. Por isso, responda a anónimo desde que exponha com educação.
As melhoras da sua mãe.

Jorge Neves disse...

Felizmente que estamos em democracia, senão este blogue não existia, embora o sentimento é que vivemos numa ditadura democrática.
Eu respeito o anonimato se for como o seu, mas aproveitar o mesmo para difamar e provocar isso não faz parte da minha maneira de estar na vida.
Grato por ter desejado as melhoras à minha mãe, quando quiser volte sempre a comentar.
Abraço