segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A Santa Casa da Misericórdia de Coimbra - Derrota em toda a linha.

As Beiras na edição de hoje trazem a noticia que dei em primeira-mão aqui no blogue no dia 17 de Janeiro, conforme pode confirmar clicando aqui!

O Supremo Tribunal de Justiça, proferiu um acórdão favorável às vítimas da derrocada do edifício da Rua Corpo de Deus em Coimbra, cujas acções tiveram o contributo da Junta de Freguesia de São Bartolomeu.

Deste modo os moradores que foram vítima da derrocada vão ser indemnizados segundo o referido acórdão, cuja entidade pagadora terá de ser a Santa Casa da Misericórdia de Coimbra.
Quero realçar o empenho da Junta de Freguesia São Bartolomeu no apoio efectivo que prestou a nível humano e jurídico ao longo deste processo.

Noticia publicada em As Beiras

"Derrota em toda a linha. A Santa Casa da Misericórdia de Coimbra, proprietária do prédio que ruiu, em Dezembro de 2000, arrastando consigo dois edifícios vizinhos, acaba de ver o Supremo Tribunal de Justiça negar o último recurso. A sentença, a que o DIÁRIO AS BEIRAS teve acesso, é clara: “É ponto assente que a derrocada destes edifícios [vizinhos] foi única e simplesmente provocada pelo colapso do prédio da recorrente”.

Mais de uma década depois, faz-se justiça para as sete famílias afetadas. Assim, o tribunal confirma a condenação da Misericórdia ao pagamento de uma indemnização, de 10 mil euros a cada, por danos não patrimoniais. Depois, condena também a instituição a pagar as rendas todas, pagas e por pagar, a quatro das famílias. E, a cinco das famílias, há ainda danos patrimoniais a pagar.


O “buraco” lá continua


O DIÁRIO AS BEIRAS foi revisitar o local da derrocada. Lá está o “buraco”, entretanto transformado em estaleiro de obras para os arranjos que tão bonita puseram a rua Corpo de Deus. Um vizinho recordou a noite do colapso. “Ouviu-se um enorme estrondo, que até parecia um avião. Depois, só vi muito pó e aquilo caiu tudo”. Outro vizinho, comerciante na rua e, à época, operário fabril em Coselhas, lembra-se que, por acaso, àquela hora não passava ninguém na rua. “Uma pedra enorme ainda caiu em cima de um carro”, recorda Carlos Falcão.
O prédio da Misericórdia estava, há anos, a ameaçar cair. Apesar de habitado, por um inquilino, já em 1996 tinh asido objeto de uma vistoria camarária, que o declarou em “deplorável estado de conservação”. Escorrimentos de águas, telhas partidas e beirado escavacado, notou o fiscal.
Dois anos depois, em 1998, os Bombeiros Sapadores vistoriou o imóvel, já em muito pior estado, e alertou a câmara para os “sérios riscos de o único habitante ficar soterrado”. Daí para a frente, os alertas sucederam-se e a Misericórdia foi notificada pela câmara para fazer obras urgentes. Nada.


A junta entra em cena


Entretanto, o presidente da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu resolveu-se a intervir. Fê-lo, à sua maneira, de forma vigorosa. Começou por pedir vistoria urgente ao prédio, em setembro de 2000. Depois, não mais largou o caso, E, em 2003, quando os lesados decidiram ir para tribunal, foi aquela autarquia a apoiar todo o processo. Daí que, agora, Carlos Clemente não esconda a satisfação: “Fez-se justiça”.
A rua Corpo de Deus recebeu, há pouco, obras de requalificação. Mas, os prédios continuam a cair: recentemente, ruiu mais um  de fronte da entrada superior do Centro Comercial Visconde."

Pode ler a noticia no site www.asbeiras.pt

Sem comentários: