quinta-feira, 15 de julho de 2010

Portugal enfrenta décadas de austeridade e pode sair do euro

"Financial Times diz que risco de ruptura no euro é sério e que deve ser criado um mecanismo para sair da união monetária. "O aspecto mais significativo da crise da zona euro é que o risco de ruptura do bloco já não é igual a zero. A possibilidade de um membro sair [da união monetária] é reconhecida pelos apoiantes do euro e poderá ter ajudado a suster a evolução dos ‘spreads' das obrigações", lê-se num artigo de opinião do FT publicado no "LEX Column".
E uma vez que "Grécia, Portugal, Irlanda e Espanha - os principais beneficiários do euro - enfrentam décadas de austeridade para conseguirem recuperar os níveis de competitividade perdidos" poderá "chegar o tempo em que algum deles vai decidir que estar no euro já não compensa".
O problema, nota o FT, é que no quadro institucional actual não está previsto qualquer mecanismo formal que permita a um país deixar de usar o euro para regressar à sua divisa original. Esse mecanismo, escreve, "tem de ser inventado" e os políticos, recomenda, "devem estar preparados para esta situação".
O FT aponta ainda o dedo à Grécia, "o país menos integrado da UE" que pode ser o primeiro a sair do euro. A hostilidade de alguns dos seus pares europeus pode mesmo impulsionar a sua retirada. "É o elo mais fraco", sublinha o jornal.
Portugal pode sair do euro?
Esta segunda-feira, o presidente da República respondeu às declarações do Nobel da Economia, Paul Krugman, que disse que a Grécia poderia vir a sair da zona euro, arrastando consigo Portugal e outros países da eurolândia.
"Não acredito que Portugal alguma vez saia da zona euro", disse Cavaco Silva em reacção às declarações de Paul Krugman.
"Eu estudei muito a zona euro, tenho livros publicados sobre a zona euro, eu não acredito que Portugal alguma vez saia da zona euro, nem acredito que a Grécia venha a sair", afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, quando questionado sobre as declarações de Paul Krugman, prémio Nobel da Economia.
Numa entrevista publicada no El País, Paul Krugman disse acreditar que "há uma possibilidade plausível de a Grécia ser forçada a sair do euro" e considerou que isso contagiaria todos os outros países da zona euro, com especial incidência para Portugal."
A minha opinião sobre este tema não deixa de ser transversal às politicas e aos políticos das ultimas décadas.
Dentro ou fora do Euro, Portugal não tem solução enquanto não for criada uma Lei que responsabilize os detentores de cargos políticos pelos danos colaterais e profundos que infligem aos cidadãos Portugueses e ao país. Talvez assim Portugal assuma de uma vez por todas o que deve ser o dever de governar e ter que prestar contas ao povo e ao país pela má governação e pelas más políticas que são adoptadas e que sofrem de uma impunidade total, que tem levado Portugal para o abismo. Até lá é só conversa da treta que nos leva ao desastre final da bancarrota e da perda de soberania nacional do território. Cada país tem o que merece, mas o povo português pelo que tem sofrido merece melhor sorte e melhores políticos.

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