quinta-feira, 15 de julho de 2010

Nem os saldos salvam o comércio tradicional da Baixinha?

(Foto da Web)
É a altura para esgotar os restos da última colecção e preparar as prateleiras para a fase seguinte. Hoje, já não é nada disso, os saldos tornaram-se na esperança dos comerciantes, não só da última colecção, mas sim, das últimas colecções e, mesmo assim, nem nesta altura se vê o sorriso aberto na boca dos comerciantes da Baixa, onde a desmotivação é generalizada.
Há acusações para todos os sabores!
Não há estacionamento, a caça à multa, mais parece perseguição.
Há casas velhas que podem sofrer derrocadas a qualquer momento. Tudo isto e muitos outros problemas, acarreta desânimo, frustração e contagia a ânimo dos comerciantes que entram numa rotina individualista que não ajuda nada. Para deteriorar o cenário instalaram-se cá, nos últimos anos, várias grandes superfícies e, parece que a maldição ainda não chegou ao fim. Enquanto há dinheiro, gasta-se nas grandes superfícies, quando acaba, vai-se ao comércio local, onde ainda é possível, comprar agora e pagar depois.
O País está todo em saldos ou estará em saldo?



3 comentários:

Jorge Neves disse...

"Confederação do Comércio considera que é preciso mudar calendário dos saldos
Confederação do Comércio considera que é preciso mudar o calendário dos saldos. As épocas previstas por lei deviam, na opinião de Vasco de Mello, arrancar mais tarde.
No dia em que começam os saldos de Verão. Vasco de Mello, vice-presidente da Confederação do Comércio, diz que se impõe uma maior vigilância sobre a prática generalizada de saldos fora de tempo a coberto de outros nomes.
Contactado pela TSF, a propósito desta sugestão da Confederação do Comércio, o gabinete do secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do consumidor, diz que fará comentários à proposta, sublinhando que não está na agenda do Governo mexer na lei dos saldos.
A época dos saldos de Verão arranca esta quinta feira e vai até 15 de Setembro, mas o que não falta são exemplos de lojas onde as promoções já começaram há algumas semanas, com descontos em alguns casos que chegam aos 70 por cento."

LUIS FERNANDES disse...

O comércio tradicional vai desaparecer todo...infelizmente. Não tardará muito, as lojas, em recordação do passado, serão ocupadas por funcionários camarários, que ali estarão apenas a marcar presença, nada mais. Será apenas em desempenho museológico. Afinal não é isso que todos queremos?

Jorge Neves disse...

Todos não, alguns muitos sim. Eu não quero.