domingo, 9 de maio de 2010

Casa dos Pobres celebrou 75 anos


Novas instalações deverão abrir ainda no decorrer do ano, para acolher 60 utentes, deixando mais 430 em lista de espera.
As contas ainda se fazem, mas é certo que o mega almoço-convívio que assinalou o 75.o aniversário da Casa dos Pobres contribuiu para angariar mais alguns fundos para concluir o que falta para que as novas instalações possam começar a funcionar. A grelhada mista foi saboreada por cerca de 300 pessoas, que cantaram os parabéns à emblemática instituição, que ainda este ano deverá inaugurar as novas instalações na Quinta do Cedro, em S. Martinho do Bispo, onde decorreu o almoço de ontem.
Aníbal Duarte de Almeida já teme fazer previsões, porque a abertura tem sido constantemente adiada, no entanto, acredita que os utentes estarão na nova “casa” no decorrer de 2010. A obra está concluída, explicou o presidente da instituição, acrescentando que falta equipar quartos e alguns gabinetes para que tudo esteja operacional.
Fundada a 8 de Maio de 1935, a Casa dos Pobres há muito que está limitada na sua actuação nas instalações da Praça Velha. Há cerca de quatro anos tinha início a concretização do sonho antigo de mudar para um espaço capaz de dar resposta a todas as necessidades. As ajudas da sociedade não têm faltado, agradece Aníbal Duarte de Almeida, realçando, por exemplo a oferta da cozinha, pelos três clubes rotários da cidade, ou a lavandaria, pela Junta de Freguesia de S. Bartolomeu, a acrescentar às ajudas espontâneas que vão surgindo no dia-a-dia ou em almoços.
A nova Casa dos Pobres foi construída em terreno cedido pela Segurança Social, que doou ainda 664 mil euros. Até ao momento, foram investidos cerca de dois milhões de euros na construção, que resulta do projecto do arquitecto Vasco Cunha. São perto de 13 mil metros quadrados de área total, com o edifício, constituído por cave, rés-do-chão e primeiro andar, a ocupar 3500 metros quadrados, com 32 quartos – 20 de casal e 12 individuais -, oito camas de enfermaria, lavandaria, cozinha, sala de refeições, salas de estar, salão polivalente e até uma capela.
Em breve, estará tudo a postos para receber os 49 utentes que se encontram na Baixa, mais 11 que vêm lotar a capacidade da Casa dos Pobres, que tem uma lista de espera de 430 pessoas, um número, que, segundo Aníbal Duarte de Almeida, é revelador do estado da sociedade e do abandono a que estão sujeitas as pessoas de idade.


Escrito por Patrícia Isabel Silva

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