terça-feira, 27 de abril de 2010

Poema em Flor

“Meu destino é ser solitário,

Coração errante,

Eterno navegante sem porto

Habitante das cidades ilusórias

Nascido sem dores de parto.

Sou filho do sol e da lua

No meu coração batem rimas,

No meu sangue circulam versos

E meu sorriso traduz poemas

Jamais escritos por medo ou incerteza.

Cresci no meio de olhares,

Alimentei-me de sentimentos diversos.

Crescendo dentro de almas estranhas

Sou o poeta das rimas provisórias.

Meu alimento é paixão, ódio, amor e todo sentimento

Existente nas entranhas humanas

Seja ele qual for

Sou filho do céu e do mar,

Minhas veias são estradas infinitas

Por onde passam caravanas ciganas,

Minha mente imenso espaço

Com profusão de estrelas e astros,

Minhas mãos são pergaminhos sagrados

Revelando segredos antigos,

Meus olhos espelho de alma tímida

Traduzindo versos que eu não quis escrever

Por uma razão qualquer.

Meu destino é seguir eternamente

Sem rumos ou guias, por estradas vazias

Que levam sempre ao meu lugar.

Sou filho do tudo e do nada,

Da beira da estrada, do chão e do ar.

Minha voz é doce balada,

Cantiga suave para o mundo sonhar.

Sou som e sou cor, sou ódio e amor

Sou vida, sou morte, sou sangue sem corte

Poeta eu sou. “

(Mauro Gouvea)

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